


O Centenário do Caminho de Ferro há 50 anos
Este ano estamos a comemorar os 150 anos do Caminho de Ferro.
È interessante ler e ver o Livro do Centenário dos Caminhos de Ferro, uma edição da CP de Outubro de 1956. Já lá vai meio século mas esta obra assinada por Adolfo Simões Muller com ilustrações de Fernando Bento não deixa de ser um autentico livro didáctico sem grandes prosas cheias de rebuscados exercícios de escrita mas sim de fácil leitura para todos, a par das referidas ilustrações serem um encanto.
Alguns poemas que intercalam a prosa deste magnífico exemplar:
E o carro ia aos solavancos.
Os passageiros, todos brancos,
Ressonavam nos seus gabões:
E eu ia alerta, olhando a estrada,
Que em certo sítio, na "Trovoada"
Costumavam sair ladrões.
Ladrões! Ó sonho! Ó maravilha!
Fazer parte de uma quadrilha,
Rondar, à Lua, entre pinhais!
Ser capitão! Trazer pistolas!
Mas não roubando, - dando esmolas
dependuradas dos punhais...
Um carro puxado a bois
Plantei de estaca uma vez;
Nasceu-me, pouco depois,
Um comboio português…
Estação de Barca D'Alva
De Barca de Alva ao Pocinho sempre a pé pois o comboio já não passa nestas paragens desde 1987. É um troço de 30 quilómetros sempre ao lado do rio. Ficou abandonado, mas os trilhos do comboio ainda estão lá. Leve umas botas à maneira e comece a caminhar.
Vale a pena ir a Barca de Alva e percorrer o mais que se conseguir do velho troço da linha de comboio do Douro, que em tempos ligou o Pocinho a esta terra.
Hoje os carris estão tapados por ervas e arbustos, com mais de meio metro de altura. O abandono é total. A estação é um edifício que ainda neste momento merecia ser recuperado ainda que, da mesma fizessem uma pousada pois as vistas sobre o Douro são excepcionais. É isto que no estrangeiro se pratica a começar pelos nossos vizinhos espanhóis.
EGT - Empresa Geral de Transporte. Serviço Combinado com a CP - Hanomag Kurier. Uma maravilha a juntar a uma maqueta.